São Paulo, 17 de abril de 2014. Foi desativado o abrigo de imigrantes em Brasiléia (AC), o qual albergava em sua maioria, estrangeiros haitianos, mas também havia dominicanos, senegaleses e estrangeiros de outras nacionalidades. Esse local, nos últimos três anos, recebeu mais de 20 mil imigrantes vindos fundamentalmente do Haiti, dentre os quais havia mulheres (inclusive grávidas), crianças e idosos.
O fechamento desse abrigo, na fronteira com a Bolívia e o Peru, deveu-se ao fato que mais de 1.500 pessoas moravam no local em situação degradante, com esgoto a céu aberto, ausência de banheiros e de água potável para consumo, bem como, superlotação, segundo denunciou o jornal Folha.
O Corpo de Bombeiros e funcionários da Prefeitura realizaram a tarefa de retirar o que ficou para trás, tais como colchões rasgados, bolsas, roupas, sapatos, entre outros objetos velhos. Informou-se também que casos de doenças como tuberculose e coqueluche, além de outras doenças virais, foram comprovados nos últimos meses.
Os estrangeiros foram levados para Rio Branco, num local que serve para abrigar famílias quando há cheia do rio Acre. Com um espaço maior e melhor atendimento, muitos deles foram transferidos de avião para lá.
Moradores da região estão a fazer abaixo-assinado, cobrando a solução para entrada desses estrangeiros no Brasil. Os estrangeiros que vem do Haiti e República Dominicana, via de regra, seguem a rota para o Brasil utilizando as fronteiras do Peru e da Bolívia. Embora se trate de uma situação humanitária, a facilitação de vistos para esses imigrantes, bem como, o oferecimento de ofertas de trabalho no sul e sudoeste do Brasil, assim como, a acolhida que tem de forma gratuita em albergues como a Casa do Imigrante em São Paulo, estaria incentivando a vinda constante desses estrangeiros.
Foto: Alexandre Lima.
Desenho: Jornal Floripa
